Diversos bairros só recebem água durante algumas horas do dia
Neste dia 25 de
junho Dilma Rousseff e o governador paulista, Geraldo Alckmin
assinaram contrato de financiamento para interligar as represas do
Jaguari (Bacia do Rio Paraíba do Sul), e Atibainha, (Sistema
Cantareira, que atende a região metropolitana da Capital).
A obra, mesmo em
caráter emergencial, só ficará pronta em 2017, consumindo
investimentos de R$ 830,5 milhões, 90% financiados pelo BNDES -
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - e o restante
pela Sabesp - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São
Paulo.
A meta é duplicar a
capacidade das duas represas, de 1 bilhão de metros cúbicos para
2,1 bilhões de metros cúbicos, gerando um acréscimo de 5 metros
cúbicos de água por segundo na capacidade de fornecimento do
Sistema Cantareira.
Já faz algum tempo
que a Desentupidora
São Paulo vem alertando a população para a necessidade do uso
consciente e responsável da água.
Apesar de o
governador afirmar que não há rodízio no fornecimento de água no
Estado, os paulistas ainda sofrem com a falta de água. É impossível
saber exatamente quais efeitos da crise hídrica no Estado ainda
persistem, mas infelizmente os paulistanos continuam sofrendo com as
restrições ao consumo.
Há lugares em que a
água só chega por algumas horas na madrugada e pela manhã as
torneiras já estão novamente secas. Muitas vezes, o fornecimento
parcial não é suficiente para enchera caixas de água e outros
reservatórios.
É importante
lembrar que a crise de água em São Paulo continua e que a
utilização dos recursos naturais de forma sustentável contribui
para minimizar o problema.
Como as chuvas
continuam reduzidas, o melhor e mais otimista dos cenários, indica
que se chover o tanto que os meteorologistas esperam, o Sistema
Cantareira voltará a operar em 2016 com 30% de seu volume normal.
A urbanização
desordenada, a verticalização, a impermeabilização do solo, a
sobrecarga do sistema de abastecimento, a falta de coleta e de
tratamento do esgoto, aumentaram a poluição dos rios e mananciais,
além de dificultar o acesso à água potável. Evitar o descarte
irregular de detritos nos esgotos, executar desentupimentos
preventivos, a construção, manutenção e limpeza regular de fossas
podem ajudar a reduzir esses problemas.
Se o entupimento for
causado por detritos sólidos resistentes, além das sondas
desentupidoras convencionais com cabos flexíveis e ponteiras
especiais, também são utilizados sistemas de hidrojateamento
que através de bombas de alta pressão e torpedos que trituram e
removem qualquer tipo de resíduo, sem riscos para as instalações
sanitárias.
Defeitos ocultos nas
tubulações podem resultar em vazamentos de esgoto que além de
contaminar o solo, lençóis freáticos e reservas hídricas
naturais, causam danos ao patrimônio com abalos na estrutura das
fundações de imóveis. Nessas situações, a Desentupidora São
Paulo disponibiliza os sistemas de vídeo
inspeção. Micro câmeras ou macro câmeras com iluminação por
LEDs são introduzidas nas tubulações para realizar uma endoscopia
(diagnósticos por imagem nos encanamentos), identificando
irregularidades com clareza para reparos com absoluta precisão.
A Sabesp estima que
25% da água tratada se perde no caminho entre a distribuidora e as
torneiras, mas reportagem recente do Estadão, informa que essa perda
pode chegar a 31%.
Na Califórnia, EUA,
onde desde 2013, chove bem menos que em São Paulo, a situação é
bem parecida com a nossa. Lá, o governo decretou estado de
emergência e tomou medidas drásticas para preservar os recursos
hídricos e evitar desperdício. Quem for pego desperdiçando, é
multado. Aqui, além da redução da pressão do abastecimento, quem
economiza pelo menos 20% ganha desconto de 30% no valor da conta de
água.
O crescimento da
população é um dos responsáveis pela crise hídrica. Em 1960, a
capital pulou de 4,8 milhões para 11,8 milhões de moradores em
2013, sem contar as cidades da região metropolitana.
Ainda que se promova
a redução drástica no consumo de água, também é preciso
estabelecer um plano de gestão mais eficiente para o abastecimento
de água em São Paulo. Se voltar a chover a normalmente, pode levar
até 10 anos para que o Sistema Cantareira recupere seu nível
normal. Sem investimentos em novos reservatórios, a curto prazo, os
atuais não darão conta do recado.
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